sábado, 2 de julho de 2011

Aprender a aprender

O corpo aprende para viver. É isso que dá sentido ao

conhecimento. O que se aprende são ferramentas,

possibilidades de poder. O corpo não aprende por aprender.

Aprender por aprender é estupidez. (...)

A memória não carrega conhecimentos que não

fazem sentido e não podem ser usados.


Sobre Moluscos e Homens - Rubem Alves

domingo, 12 de junho de 2011

Teorias

#1 Ser confusa é absolutamente melhor do que ser alienada.
#2 Melhor terminar o romance de uma vez, nada de acomodação. Isto é triste.
#3 Teorias - as minahs teorias - nunca são definitivas.
Ando preguiçosa. Não quero sair. Não curto a noite. Não bebo e nem quero.
Eu fico aqui escrevendo. Se sinto vontade, componho. Leio algo e me sinto imensamente feliz. Descanso me cansando.
Preciso que entendam que se eu digo 'não', isto é só um não, nada mais. Um não só por agora, só para eu dar alguma resposta, talvez. E se falo 'não sei' é que não sei mesmo. Não finjo, não escondo, às vezes tenho preguiça de mentir.
Minhas teorias são realmente preguiçosas. Nem sei o motivo deste post.

Talvez isto venha se tornando um diário.

domingo, 29 de maio de 2011

Redes perigosas

É praticamente impossível imaginar a Internet sem as redes sociais. Primeiro o Orkut, que até pouco tempo era o máximo. Logo vieram MySpace - para os que possuem certos talentos (ou nem tanto), Facebook, Twitter e afins.
Caíram no gosto popular e tornaram-se mais importantes do que conhecer novas pessoas através de contado direto e real.

Mas o quanto somos influenciados por essa imensa rede de informações sobre tudo e todos? Ainda existe privacidade? Como saber se realizar o seu login em suas dezenas de contas em várias redes sociais ainda não é um vício?

Hoje sabe-se que é possível reencontrar amigos, matar as saudades e mesmo mostrar seu trabalho, habilidades, etc através desse tipo de sites.

Porém, até que ponto seus seguidores, amigos e fãs gostam de saber da sua rotina ou opiniões?

Até onde é possível divulgar o seu mundo sem correr riscos ou perder a magia das relações intrapessoais?

É mesmo a evolução?

domingo, 22 de maio de 2011

KT Tunstall!

Kate Victoria Tunstall - ou simplesmente KT Tunstall - é cantora, compositora e multi-instrumentista britânica, da Escócia; é ainda de ascendência chinesa e irlandesa.

Impressiona pela pegada folk em seu rock sutil, influenciada também pelo poprock e o country. Extremamente talentosa, bonita e carismática, ficou conhecida especialmente através do single "Suddenly I See", que está na trilha de filmes e séries.

Seus álbums são Eye to Telescope (atenção especial para Other side of the World, Under the Weather e Black Horse and the Cherry Tree) Drastic Fantastic (ouças Saving my Face, If Only e Hold On... são pra ativar o repeat) e Tiger Suit (recomendo [Still a] Weirdo). Não fazem feio, também, seus covers da minha queridinha Radiohead e dos Jackson 5.


Página Oficial (em inglês): www.kttunstall.com
MySpace: www.myspace.com/kttunstall
Página Oficial Brasileira: www.kttunstall.com.br

Eu escolho a Educação




"E se fores questionado por uma criança, sempre respondas, ainda que um simplório 'não sei'.




Não te penses detentor de algo que não é pronto... abolir cativeiros e encorajar voos é teu papel, mesmo que, em tua infância, não tenhas vivenciado isto.




Te dediques, mais do que ser diferente, a fazer a diferença." M.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Life's the most precious thing

Todos os dias através de diferentes meios, somos bombardeados com notícias sobre acidentes de trânsito. A cada 3 minutos, uma criança morre neste tipo de tragédia. Por aqui, sabe-se que muitos jovens, especialmente homens, morrem por imprudência.


Esta será uma década diferente. Para os atuais motoristas, para os que não dirigem, para os que ainda serão condutores.




A vida é urgente e eu, tu, todos nós somos responsáveis pelo que vem acontecendo. Justamente por isso, temos a obrigação de conscientizar.

sábado, 7 de maio de 2011

Kinda Urb


Há quem insista em dizer que Pelotas não tem cultura. Existe os que, quando questionamos, classificam nossa cidade como apenas 'suja, destratada e desestruturada'.


Só posso dizer que estas pessoas devem estar com os olhos fechados. Ou com a mente fechada. Ou talvez vivam em outro mundo... afinal, é impossível não se sentir atraído pela Princesa do Sul. A cidade que educa, que apaixona, a minha Pelotas.

Só hoje sinto-me parte disto e sei que estou enraizada aqui. Não há um dia que eu passe por uma rua sem perceber algo novo e emocionante. Tenho certa obsessão por cada prédio, cada calçada e cada singular demonstração de cultura que há por aqui.

Agora sei que a conheço - e a amo - a ponto de não conseguir definir o quanto. A cidade que para mim é maravilhosa e maravilhada.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Vida de Pedagogo

Há quem ainda enxergue os pedagogos como meros cuidadores de crianças. Frequentemente ouço 'qual a idade das crianças que tu cuidas?' ou 'que coragem, tens que amar MESMO o que fazes'.

O que realmente não entendo é como simplesmente não entra na mente de muitos que ser pedagogo NÃO é tornar-se babá ou 'tia da escolinha'. O pedagogo que de fato pensa em ter propriedade no que diz e eifciência no que faz estuda muito, se atualiza, busca formação continuada e não se acomoda.

E vou mais além: engana-se quem pensa que o pedagogo somente leciona. Ser pedagogo traz infinitas possibilidades, das aulas ao trabalho em hospitais, indústrias e mídia.

Enfatizo, ainda, que é hora de dar um tempo neste pensamento retrógrado e cair na real.
Ser pedagogo não é ter dom ou vocação; é um trabalho que, como qualquer outro, exige embasamento teórico, experiência e dedicação. E, como qualquer outro caminho que se escolhe, é preciso amor.

domingo, 10 de abril de 2011

Be loved


'It's not always rainbows and butterflies
It's compromise that moves us along' - Maroon 5


A boa música


Lamento todos os dias pelo que a minha geração ouve, absorta pelos fones de ouvido em cada lugar por onde passo.
Não sei se é mais triste ver que a Lady Gaga ganha mais prêmios que o U2 ou que os adolescentes conhecem apenas as regravações toscas de músicas escritas pelo Paul McCartney.

Acompanhei de perto o auê gerado por declarações de cantores jovens como Miley Cyrus. Embora eu não a admire por uma série de razões que julgo extremamente plausíveis, confesso que considerei o que ele andou falando sobre alguns jovens cantores do cenário atual.

Não condeno Justin Bieber. Não repudio Restart. Não gosto e recuso-me a escutar suas canções, mas isso não me faz a dona da verdade, de forma alguma. Mas, de certa forma, sinto-me consolada sabendo que, cedo ou tarde, eles sumirão.
Meus filhos, ainda que eu pense em lhes dar absoluta liberdade para estabelecer gostos e opiniões, terão a oportunidade de conhecer os inesquecíveis reis do Ié Ié Ié, os poemas de Gessinger e Leindecker, o bondoso Bono, os doces refrões dos Bee Gees e, quem sabe, serão admiradores do figurino irreverente do grande Mercury ou da voz grave do nosso querido Renato Russo.


'Bout little things and your echoes



Em 18 anos de vida, finalmente percebi que viver e ser feliz só depende de perceber o valor das pequenas coisas. Nada impede que tu aprecies os bons perfumes, as roupas da moda e a comida do restaurante mais caro da cidade. O que tens a fazer é não permitir, de forma alguma, que viver movido pela futilidade consuma tua vida.

Tentes, ao menos uma noite, como faço principalmente quando o céu está limpo, admirar as estrelas. Contá-las sem que a quantidade faça alguma diferença. Se veres quinze delas sobre a tua cabeça, ótimo, lindo. Se só conseguires encontrar uma, detenha-te no brilho e na intensidade dessa.
E sejas exatamente assim com teus amigos, teus amores, tua família. Se tiveres muitas pessoas absolutamente confiáveis e amáveis ao teu redor, que bom, honre-as. Mas se como eu, puderes contar as pessoas realmente admiráveis que conheces nos dedos de uma mão, faça com que elas saibam que são parte essencial do teu ser.

Tenhas teus pés no chão e teus ideais no céu, no alto, até o infinito.
Abraces sempre que possível. Fiques comovido em cerimônias como casamento e também com um simples choro de criança. Tenhas um diário. Toques um instrumento. Tomes banho de chuva, de sol, de mar, de amor.

Tenhas a consciência de que tudo o que queres, inclusive a tal felicidade, depende do eco que transmites ao mundo.


domingo, 3 de abril de 2011

Sobre relacionamentos


Como diria meu amado avô, 'contrair matrimônio é coisa muito feia'. Leia-se feia como séria.
Quando ouvi esta frase pela primeira vez, pensei que ele talvez estivesse arrependido. Ou só estava tentando me prevenir, talvez. Hoje vejo que aquele é um dos poucos casamentos de verdade que existem. Sem cobranças, inundado de amor e respeito. Não há preocupação com coisas do tipo 'manter as aparências'. É uma união em que acontecem brigas e desentendimentos, mas que sempre são solucionados e analisados. É o casamento onde ambos são culpados por tudo que ocorre... ambos tem culpa desde que perceberam ser um só.
Hoje, casamento é um evento. Uma festa em que se gasta muito, se dança bastante e que serve para ter algumas fotos com a família e uns amigos. Ainda podemos chamar de matrimônio? A meu ver, poderíamos entitular posse.
Ou eu sou muito careta ou a sociedade é muito fútil. Namoro é visto como necessidade. Ciúme é visto como sinônimo de cuidado. Aliança é acessório da moda. Parece errado querer algo à moda antiga, onde haja admiração, consideração e carinho.
Não, não sou um e.t. Mas, embora eu esteja realmente abismada com o que venho vivenciando, ainda espero algo que dure mais do que para sempre e contrarie a ideia de que o para sempre uma hora chega ao fim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

If only


"Se eu pudesse, ao menos te contar
O que se enxerga lá do alto
Com céu aberto, limpo e claro ou com os olhos fechados
Se eu pudesse, ao menos, te levar comigo lá" (...)

Humberto Gessinger

'Ei, você aí'

E tu, professor, já paraste para pensar porque teus alunos não gostam de ir à escola?

Já ousaste pensar que o lugar que, teoricamente deveria acolher, transformar, humanizar e ensinar tem, cada vez mais, destruído sonhos e proibido as crianças de sonhar?
Já imaginaste que, ao invés de copiarem um imenso texto falando das partes de uma planta, teus alunos certamente prefeririam estar no pátio ou num jardim, observando, comentando, vivenciando?
Já tentaste experimentar conversar abertamente, fazer acordos e, vez que outra, ceder aos pedidos dos teus pequenos, deixando castigos e punições de lado?
Te deste o prazer de ouvir o que eles tem a te dizer, a ensinar?
Já sentiste que esta é a profissão mais linda que há?
Te permitiste, alguma vez, retribuir uma saudação sorridente com palavras de carinhosas de incentivo, recebendo teu aprendiz com alegria?
E tu, docente que reclama do salário, já te imaginaste em outra profissão?
Já paraste de dizer que teus alunos são terríveis, que não tem salvação e que estás exausto?
Guardas alguma carta dos teus alunos?
Sentes que fazes o melhor que poderias fazer?

E tu, professor, estás mesmo disposto a mudar tua realidade ou te acomodas?

Sozinhos... ou não


Ela embarcou no ônibus, cansada da aula, mas concentrada em suas anotações.
Ele vinha de longe, ansioso por estar em casa após uma viagem.
Ela rabiscava a agenda. Ele ouvia Cidadão Quem.
E, sem explicação viável, ambos tagarelaram juntos, tímidos, aflitos.
Ele 'posso saber teu nome?, ela 'eu sabia que querias perguntar algo'.
Eles riram. Riram um bocado, e, quando toda a graça teve fim, ela voltou a anotar.
Ela queria saber o que era a maçonaria, a wicca, os totems. E anotava mais um tanto que parecia não ter fim.
Ele queria saber o nome da moça concentrada e talvez um pouco frenética.
Ele insiste. Ela aponta para a imensa bolsa bordada com nome, sobrenome e curso.
Ele a lê. Ela responde, em voz alta, que adoraria saber o que as pessoas do ônibus pensam àquelas horas da noite.
Ele não a entende. Pensa que ela é filósofa demais para deixar que o assunto flua.
Ele desiste do possível - ou impossível? - diálogo.
E, meia hora mais tarde, hora de descer. Caminhar até seu lar, dormir, sonhar.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A vida acadêmica


Tu estás no Ensino Médio, mal esperas tuas férias de verão e... rá, subtamente és bixo (ou calouro, em outros estados) e tens de enfrentar a responsabilidade de ser universitário. É uma enorme alegria, ainda mais se, como eu, passas em tua primeira opção em duas ótimas universidades. Todas as madrugadas de estudo são compensadas e blablablá...
Há quem diga que certos cursos trazem consigo maiores dificuldades, mais trabalhos e mais dedicação. Mas, se pensarmos bem, pessoas esforçadas e que de fato gostam do que fazem jamais verão a faculdade como uma pedra no sapato.
Na universidade, tu aprendes mais do que as definições de ficha de leitura, pesquisa ou portfólio. Tu aprendes o real sentido da palavra diversidade, já que tens, na tua sala, pessoas de todos os lugares, de todos os estilos e com vários sotaques. Tu percebes que ninguém ou quase ninguém é sempre pontual e que o respeito, de alguma forma, evapora, pois vês pessoas entrando e saindo da sala a qualquer momento para fazer sabe-se lá o quê e sem ao menos pedir licença. Sempre verás que muitos não estão dispostos a assistir a aula, uns cochilam, outros fazem outras coisas...
E então, chega a tal competição. Raramente consegue-se estar em um grupo.
Agora tens pilhas de papéis para ler, reclamas da tua má alimentação e da falta de tempo.

Enfim, em cerca de 4 anos, às vezes mais, às vezes menos, toda a fuzarca acaba. TCC, formatura... e, quem diria, sentes saudades dos teus tempos de faculdade, onde dormiam na aula, saíam sem avisar, eram individualistas...

Respeito é bom, eu gosto e...

Respeito, bela palavra. É realmente uma pena que, de modo geral, não seja praticado tanto quanto deveria.
Mas o que é respeito?
Do latim respectu, respeito significa apreço, atenção, consideração. E, cá entre nós, não é o que mais temos visto por aí.

Respeitar não é dar uma aula de qualquer jeito para os seus alunos. Não é usar as coisas dos outros sem pedir permissão. E, definitivamente, NÃO é escutar aquele forró no seu celular, no ônibus e sem usar fones de ouvido. A partir desses conceitos, fica fácil definir o que é desrespeito, não?

Respeitar é escutar os outros sem deixar passar sua vez de falar. Respeito é cuidado, é bom senso. Mais que isso, deve-se respeitar a todos e a si mesmo.

domingo, 27 de março de 2011

Some have gone and some remain

Nessas épocas em que dou uma de filósofa, obviamente penso em música. E componho. Mas, normalmente, só procuro algo realmente bom para escutar. Hoje decidi que escutaria The Beatles e escreveria algo sobre a minha vida. Confuso, mas é um método.
Entre as dezenas, talvez centenas de versões de músicas dos amados Beatles, inventei de procurar In My Life. foi difícil escolher, mas o nome dele é Matthew Scannell. Ou simplesmente Matt. Ele regravou uma de minhas músicas prediletas para um filme fofo chamado ABC do amor - googleiem, o filme é uma gracinha.
Deixando meus discursos sobre cinema de lado, espiem o MySpace do fulano (http://www.myspace.com/mattscannell), especialmente a entitulada Echo.
No YouTube, escutem a versão de In My Life - http://www.youtube.com/watch?v=NMn9kWfqiXw

Aqui a letra, para quem ainda não conhece. Linda, linda.

In My Life - The Beatles
(letra de John Lennon e Paul McCartney)

There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.

But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.

De volta... e para ficar

Hoje acordei com uns flashbacks muito intensos. Desde a hora em que arrumei minha cama até o maravilhoso café da manhã, pensei em bons momentos que venho tendo nos últimos anos.
Fui uma criança que pode brincar, sujar as roupas... tive uma infância saudável e feliz.
Parei pra lembrar da adolescência. Reparei que muito do que vivi foi apagado. Lembro de um namorado, um ou outro bom amigo, minha banda e dos milhares de livros que li pra centenas de trabalhos e provas e todo tipo de teste.
Às vezes acho que eu poderia ter dedicado mais tempo à mim, no sentido de apreciar as pequenas coisas, de amar... de voltar a ser feliz como eu era na infância.
Então lembrei da minha profissão. Dos meus alunos, de todas as crianças. Lembrei que as noites mal dormidas - estudando e não festejando - valeram a pena. Todo o esforço me trouxe até aqui.

Estabelecer prioridades me fez encontrar um bom caminho. Um lindo caminho, com pessoas interessantes e verdadeiras, com conhecimento sobre o mundo e com muito aprendizado pela frente. Uma escolha pertinente... mas, sem dúvida, a escolha certa.